sexta-feira, 18 de julho de 2014

Cromo da bola

O meu filho descobriu a maluqueira da bola...do futebol. Até há bem pouco tempo ligava pouco. Como o Pai não liga muito, não o puxava para futeboladas ou para gostos desta natureza. Na escola, sempre que jogava com os colegas, a coisa não corria bem. Face à sua pouca senioridade no assunto em relação aos seus demais amiguinhos, acabava sempre na baliza ou sem tocar sequer na bola, durante todo um jogo. Houve uma altura que achei que se sentia um pouco frustrado neste campo, mas eu brincava com ele, até lhe cheguei a perguntar se queria ir para o futebol como um desporto, mas acho que acabou por habituar-se que não era a sua praia e pronto. Mas o mundial veio, e o miúdo mudou radicalmente. Descobriu-se-lhe ali uma veia futebolística, e desde então que não pára. Acorda de manhã e treina toques na bola. Chega a casa e treina mais uns toques. Chama a irmã para jogar e vai treinando as fintas com ela (adversário fácil). Hoje, eram 7:30h da manhã e ouvi o que me parecia alguém a martelar alguma coisa. Pensei: Mas que raio de vizinho é que anda em obras a estas horas? Não era vizinho nenhum. Era o meu filho no quarto a treinar com a sua bola a bater no chão (e em todo o lado) de uma ponta à outra. Tive de o repreender com firmeza não fosse algum vizinho mal humorado bater-me à porta com uma frigideira pronta a acertar-me nas frontes.
E agora é isto: bola para a frente, bola para trás, quer ver jogos de futebol na televisão, arrasta a irmã para uma partida a dois, e já chegou até ao ponto de tentar ver um jogo de futebol que já tinha decorrido e que queria ver a partir das gravações da ZON. Por um lado acho que isto até lhe faz bem ao ego. Por outro, tenho de gramar com uma coisa que detesto. Vamos ver se esta febre veio para durar ou se desaparece tão depressa como começou.

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