quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Um murro no estômago

Estamos nós todos contentinhos a acabar as férias, ai tão bom, gosto tanto de praia, é tão bom não ter preocupações, e tal e tal e toca o telefone.
No meu último dia de férias, enquanto acabava de almoçar numa esplanada na praia, recebo um telefonema do trabalho. Do outro lado, com uma voz suave e delicada, tinha uma colega a dizer-me que um dos nossos colegas tinha falecido no dia anterior, num brutal acidente de automóvel.
Um choque! Ainda perguntei estupidamente se estava a gozar comigo. Não queria acreditar!!!! Como era possível? Ainda por cima ultimamente era uma pessoa com quem lidava mais frequentemente à conta do projeto com o qual trabalho.
Uma pessoa fica incrédula. Começa a colocar tudo em causa, pensa no sentido da vida.
Bolas!!! Ele não merecia!! Era novo, uma excelente pessoa, um ótimo profissional, muito respeitado por todos. E que morte foi! Deu direito a notícia na comunicação social e tudo, pela brutalidade associada.
E assim, de repente, vês os teus colegas a chorarem no corredor, a evitarem passar pela antiga sala dele, a questionarem os valores da vida e o que nos move diariamente, a serem até melhores uns para os outros. Um dia estás, no minuto a seguir podes já não estar.
Um murro no estômago, um abre-olhos, um peso enorme na nossa consciência.
Vive o presente! Como o próprio nome indica, é uma dádiva e deve ser aproveitada como tal. O passado já foi, o futuro ninguém conhece.
Fiquem bem!

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