Vi a reportagem somente há 2 dias, pois não tive conhecimento dela antes. Conheço algumas pessoas que pertencem a esta seita/religião e, embora tenha total consideração pelas pessoas, não concordo nem um bocadinho com aquilo em que acreditam. Tudo o que me parece fundamentalismo me repele, e os valores desta seita encaixam-se naquilo a que considero verdadeiro fundamentalismo. Não fiquei admirada com o que vi, pois já tinha algum conhecimento de causa, mas havia coisas que não sabia e que me deixaram ainda mais longe de qualquer coisa que ronde este tipo de crenças. Desde miúda que os ouço falar no fim do mundo e que hão-de todos ser chamados para um monte enquanto veem os comuns mortais (não seguidores de Joevá) serem mortos. Que não aceitam sangue de ninguém mesmo estando à beira da morte. Desde adolescente que sei que não comemoram o Natal, desde adulta que passei a saber que não comemoram aniversários ou fazem qualquer tipo de brinde. Fiquei também a saber que não acreditam em qualquer poder do Estado e recusam-se a votar, e desde a reportagem que fiquei a saber que são também juízes das suas congergações, coisa que não fazia ideia, repelindo a justiça do estado de direito ao qual pertencemos. Tenho pena das crianças que crescem neste ambiente, levadas pelos Pais, e que não podem fugir ao molde da mentalidade que lhes incutem, e tenho muita pena de toda aquela gente que acredita piamente em algo que nunca vai acontecer, e que tolda a sua vida em função disso. Deixa de viver. Acho que a religião deve fazer parte da nossa vida (se acreditarmos nela, claro), mas não concordo que seja a vida a fazer parte da religião. Que é aqui o caso. E três vivas para o Malato que veio dar o seu testemunho, por ser filho de quem o levou para lá, e que felizmente conseguiu sair a bem (pelos vistos) daquele mundo, sem cortar relações com os seus mais queridos.
Gostei muito da reportagem, e pena tenho que do outro lado (das testemunhas de Jeová) não tenha havido abertura para darem também o seu testemunho e contraporem (ou não) tudo o que foi dito.
Um comentário:
Eu também vi a reportagem e tal como tu algumas coisas tinha conhecimento e outras desconhecia por completo... não sabia que tinham os seus próprios "juízes" nem que obrigam as pessoas a dissociarem-se de quem não practica a mesma religião. É fundamentalismo puro, aroçar a seita religiosa, aliás vi muitas semelhanças com um documentário da Cientologia.
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