Há meses que não tinha um ataque de pânico. Acho que a última vez que tive foi para aí em Setembro, sendo que me lembro ter andado bastante mal em Outubro mas apenas com sintomas permanentes de ansiedade mais ou menos controláveis. Foi a última vez que fui à psicóloga e não voltei mais porque me sentia bem. Passei a estar mais confiante, mais alegre, mais controlada, e o mais que sentia às vezes eram uns calorzinhos a começar a subir, sentir o corpo um pouco mais ansioso, mas eu atacava logo com os meus exercícios para travar a subida do ataque e não voltei a ter mais nenhum. Até esta semana. Logo na 2ª feira, 1º dia do regresso de férias. Enquanto almoçava com uns colegas (grupo com o qual também já tinha tido um há uns bons meses atrás), comecei a senti-lo trepar por mim acima, e não o consegui parar. Deixei-me ficar, encarnada que nem um tomate, cheia de suores e a tremer por todo o lado, à espera que passasse. Um colega perguntou se eu estava bem - disse-lhe logo que não, que estava a ter um ataque de pânico. Houve outro que me disse, na maior das calmas, que respirasse, e lá foi passando, mas a muito custo. Foi forte, demorou muito a passar, e sinceramente acho que nem chegou a passar por completo enquanto não saí daquele sítio. Fiquei de rastos. Porque senti que tanto tempo conseguido em recuperação, tinha ido pelo cano abaixo, tinha voltado à estaca zero. Esta semana andei mal. Retomei o yoga depois de uma semana de interregno e hoje, 6ª feira, sinto-me bem melhor, mas ainda muito longe do ponto onde estava. Que raio, pá! tanto tempo bem e, assim do nada, assim de repente, volta tudo outra vez, caí ao 1º degrau de uma escadaria que estava quase toda subida. E agora? Levantar a cabeça, ganhar forças, e subir outra vez, degrau a degrau, um dia de cada vez.
Bolas!
Um comentário:
Chato!!!! As melhoras!!!
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