Mas depois de tanta gente se ter manifestado, e de eu concordar com a maior parte das declarações que são feitas, gostaria agora de deixar aqui o meu testemunho.
Não tenho nada contra a Suzy (que até parece boa rapariga) embora não a conheça e não consiga suportar aquele tipo de nome artístico, tão característico de cantores pimba. A letra da música é muito mazinha, e se a ouvirem com atenção apercebem-se da falta de nexo e de coerência. Parece escrita por miúdos ainda em tenra maturidade escolar, embora a autoria seja de um dinossauro nestas lides - o conhecido Emanuel. E depois há a música e interpretação em si. Há pouca dignidade, colocam um africano pintado de aborígene a tocar um tambor ao pé da moça, como se fosse normal em Portugal termos estes trajes, estes hábitos, esta cultura.
Não percebo. A sério que não percebo. De tantos artistas que temos, de tantos poetas que já passaram por estas terras lusas, de tantas letras ricas que já lançaram canções de grandiosa qualidade, vamos ao festival da eurovisão com uma canção Pimba - e do mais Pimba que há! Tenho, muito sinceramente, vergonha de me deixar ser representada por esta canção. E fico contente que a maioria dos países não perceba português. Porque caso contrário, iria aperceber-se da pobreza e fraqueza da letra que a suporta.
Não é assim que se honram canções como as da Dulce Pontes, Lúcia Moniz, Simone de Oliveira, Fernando Tordo, Madalena Iglésias, Manuela Bravo, e poetas como a Rosa Lobato de Faria, Ary dos Santos e tantos outros. Não é assim que se honra Portugal. E não é assim que se representam os portugueses.
Um comentário:
Clap Clap Clap. Faço tuas as minhas palavras. O festival da canção morre a cada ano que passa. De conquistadores estamos a passar a pessoas pequeninas pequeninas pequenininhas. Enfim.
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