O Banif foi o berço do meu primeiro emprego. Estava a acabar o curso na faculdade e saíram empresas possíveis para o estágio. Uma colega minha, com quem já tinha combinado fazer estágio, viu o anúncio do Banif e disse-me logo:
"- É para ali que vamos concorrer!!"
Ela era obcecada por um emprego na Banca, porque era giro, porque já tinha feito um mini estágio na CGD e tinha delirado, era por isso a oportunidade que ela ansiava. Eu, mocinha ainda muito tenra e sem grandes opiniões de vida, deixei-me ir na conversa dela. E concorremos! E ficámos! E adorámos!
O primeiro emprego é assim como o primeiro Amor, nunca se esquece, embora consigamos reconhecer que deixa naturalmente de fazer parte da nossa vida porque deixa de fazer sentido.
Estive 3 anos no Banif. Estagiei, fiquei, cresci, aprendi, desiludi-me muitas vezes, senti-me uma rainha noutras. Mas chegou uma altura em que queria mais. Achei que já tinha crescido o suficiente para ir navegar para outros mundos e aprender coisas diferentes e acabei por largar este Amor. Deixei lá muitos colegas, muitas histórias, muitas raízes. Foi lá que conheci aquele que se viria a tornar, alguns anos mais tarde, meu marido! Não fosse o Banif e não sei bem onde andaríamos os dois a esta altura. Mas o destino juntou-nos lá, e é por isso que tenho, ainda hoje, uma relação sentimental com o Banco. Foi por lá que recebi o meu primeiro ordenado, e até hoje era o banco com o qual fazia as minhas transações diárias e correntes. Termina hoje a nossa história. Esta história de amor e de relação que durava já há quase 18 anos. Atingiria em Abril a maioridade. E eu estou triste. Estou com muita pena. Porque há relações que não têm de acabar assim.
Boa sorte a todos os que ainda lá estão e que eu conheço. Boa sorte para o novo rumo da instituição financeira que agora acolhe este pequeno pedacinho de mim.
Muita força!!
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