Das coisas mais difíceis de lidar, depois de vermos estes estúpidos atentados a acontecerem em várias partes do mundo, é explicar aos nossos filhos o que se passa.
Ainda no dia anterior tínhamos falado em visitar Londres um dia destes, visto que é uma cidade que há muito terem curiosidade em conhecer.
O Big Ben, o rio Tamisa, o Palácio de Buckingam. Principalmente porque dão inglês na escola, falam do Reino Unido e das principais atrações e características. E, a bem dizer, é uma língua que já não lhes é completamente estranha.
No próprio dia, quando íamos a caminho de casa, o meu filho perguntou-me então se no fim de semana não teríamos de tratar de decidir se íamos a Londres ou não, ao que eu lhe respondi que era capaz de ser difícil ir agora. Ele perguntou porquê, e eu disse-lhe que tinha havido um atentado.
Perguntou logo:
- Estado Islâmico?
- Sim, respondi eu, entre dentes.
Estas coisas começam ter repercussões nos medos e angústias das crianças. No outro dia soube de uma que não quer andar de metro com medo de atentados. Tenho um colega cujo filho, ainda bem pequenito, já diz recusar-se a andar de avião. Os meus ainda não disseram nada do género, mas tenho receio que ganhem medos complicados, tendo em conta que estas questões começam a acontecer em qualquer parte do mundo, indiscriminadamente.
Sei que é o que querem, lançar o medo, o caos por todo o lado, mas não podemos sucumbir-lhes.
Mas é complicado incutir isto num cérebro em formação, e que começa a ver o mundo lá fora como um perigo constante.
Bolas para isto! será que não é motivo para a Europa (pelo menos) se unir em força contra esta gente? unidos somos (tão) mais fortes....
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