No outro dia estava na aula de ténis com o meu filho e, enquanto os miúdos jogam, as mães (e os pais) que ali estão à espera que a aula acabe, põem-se na conversa uns com as outros.
E nisto, fiquei a saber que uma das senhoras que ali estava, vem do alentejo 2x por semana para o filho poder jogar ténis numa escola que o leve a torneios e o faça evoluir naquela modalidade.
Fiquei de boca à banda! a sério. Disse que onde mora, o ténis que existe é mais de brincadeira e de aprendizagem básica, e que se os miúdos querem evoluir têm de ir para uma cidade maior.
Então a senhora (e o respetivo filho) faz uma viagem de ida e outra de volta (2 horas cada viagem) para o filho ter aulas de ténis de uma forma mais intensiva. Ainda me saiu uma frase do estilo: "Quase mais valia mudarem-se para Lisboa", ao que ela respondeu que não, que também tem um trabalho que lhe permite ter essa flexibilidade, e que na altura em que decidiram vir, foi uma decisão difícil, que passou algumas noites mal dormidas à conta da decisão, mas que depois pensou: "Se não nos sacrificarmos pelos filhos, sacrificamos-nos por quem?"
Eu e outra mãe que lá estava olhámos uma para a outra e concordámos que, se fosse connosco, teríamos de dizer ao nosso filho que pensasse noutra coisa para fazer. Mas isto deixou-me a pensar. Há mesmo super-mães por aí! E, neste caso, eu não serei certamente uma delas!
Que grande exemplo!
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