É engraçado como já não é a primeira, nem a segunda, nem a terceira vez que me deparo com esta realidade, e sorrio, para mim mesma. Com a realidade dos homens que eram rebeldes em adolescentes, mas que se tornaram trabalhadores e responsáveis (ou pelo menos parecem). Passo a explicar: Já por várias vezes reparei (porque se encontram ao pé de mim, não é que sinta particular interesse neste pormenor), que há umas quantas orelhas de homens furadas...mas sem brinco nenhum. Os resquícios do passado, da rebeldia, do querer parecer cool e adequado às modas da altura, mas que deixam marcas permanentes porque nunca desaparacem. E acho piada, porque os vejo todos engravatados, sérios e a parecerem grandes homens de família e de negócios, deixando adivinhar o que se passava aos 16, 18 anos. Sim, porque na minha altura, os rapazes que tinham brinco eram rebeldes. Eram! E fumavam e normalmente tinham muita autoestima, e miúdas, e tal, e tal.
Nas tatuagens passa-se o mesmo, mas a moda evoluiu para uma dimensão muito maior, e ainda assim podem esconder-se e serem vistas apenas em época balnear. Agora o brinquinho....sendo mesmo brinco e não piercing que pode andar em qualquer lado...é na orelha que deixa a marca. E não desaparece!
O último que vi foi na escola dos meus filhos. Tinha dois buracos na orelha (g'anda maluco!), e depois estava ali calminho, a tentar controlar o filho, de óculos, fatinho e gravata, e todo atrapalhado no meio da criançada. Ri-me mesmo para dentro. Engraçado como a adolescência é mesmo tramada! E como as pessoas acabam por mudar, acho eu, essencialmente a partir dos 30, tornando-se aparentemente cidadãos exemplares e amadurecidos!
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