Há muitos, muitos anos atrás (para aí uns 30, cof, cof...), andava eu na escola primária quando me leram esta história. A minha professora primária, a competentíssima e queridíssima Drª Isabel Réfega, responsável em muito por algumas das minhas características (nomeadamente a de conseguir escrever os "às" com acento grave, saber distinguir o "há" de haver do outro "à", e de não dizer "Ó Você", mas "O Senhor"), resolveu ler esta história a toda a turma, mesmo sendo nós já uns meninos da primária e não da pré. Ficou-me na memória a forma delicada e assertiva com que a contava, e o momento em que ela decidia ler-nos mais um capítulo era uma verdadeira emoção. No outro dia, deambulando por uma livraria, vi o livro e nem pensei duas vezes para decidir comprá-lo. Decidi de imediato que o iria ler aos meus filhos, todos os dias um capítulo, tal como ela o fazia. Já não me lembrava da história, é um facto, mas percebo agora a razão de ela ter decidido contá-la. Uma história linda da Sophia de Mello Breyner que, didaticamente, explica as boas e más ações que por vezes tomamos. O bom e o mau caminho, as consequências das nossas decisões.
Os meus filhos têm agradecido e suplicado sempre mais um bocadinho de leitura. Neste momento, estou a um capítulo do final (terminarei o livro, em princípio, amanhã), e sinto-me muito feliz por lhes ter proporcionado estes momentos. Nunca me esqueci do impacto que teve em mim a leitura da história, em voz alta, pela minha professora. E estou à espera que o ciclo se repita, com os meus meninos lindos. Uma história de vida...que fica para a vida.
Um comentário:
A história é muito bonita sim. E melhor ainda é recordar momentos marcantes da nossa infância e recriá-los, dentro do possível, com os nossos filhos :)
Um beijinho!!
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