Hoje dei por mim no carro, de ouvidos completamente colados no rádio, eram 19:15h.
Era hora de falar o Sr. Primeiro Ministro de Portugal, Doutor Pedro Passos Coelho, que havia de ditar o nosso futuro próximo no que às nossas finanças diz respeito.
O estado é de emergência, o País está de tanga, a austeridade já imposta não chega, pelo que as novas medidas estavam prestes a ser anunciadas.
Naquele cenário onde me vi dependente de uma notícia de rádio, a minha mente remontou-me ao programa de TV "Conta-me como foi". Remontou-me à era de Salazar e de Marcelo Caetano, onde as notícias chegavam pela rádio, e a importância dos factos da altura obrigavam a atenção redobrada que cobria um medo sempre patente em todos os portugueses.
Não contive o comentário que acabei por fazer ao meu homem: "Epá, parece que estamos à espera de ouvir o Marcelo Caetano".
Pois é. Os tempos são difíceis como na altura (embora as dificuldades sejam diferentes), a nossa impotência é grande, e a nossa esperança num mundo melhor vem da rádio. Ou pelo menos, hoje a minha veio.
As notícias não foram naturalmente boas, a austeridade continua sem fim à vista, as melhorias implementadas não se notam, e a nossa resignação impera.
Amem!
4 comentários:
E assim continuamos as nossas vidas...
DESBOCADO!
http://comentadordesbocado.blogspot.pt/
E temos outro remédio?
Realmente não me lembro de estar tão ansiosa pelo discurso!8antes dum jogo da Seleção e a uma sexta-feira!!!! De Parvo o Coelhinho não tem nada!!
Não vão ser fáceis os próximos tempos :-(
É que não se vê a luz ao fundo do túnel.
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