domingo, 29 de janeiro de 2017

Escape Games

Já tinha ouvido falar, assim muito de raspão, deste tipo de jogos. Não dei muita importância, nem percebi bem como era ou o que era exatamente.
Ontem, à conta da vida social dos meus filhos, assim sem saber muito bem como, vi-me dentro de um deles, na zona histórica de Lisboa.
Que experiência espetacular, que momento tão bem passado.
Enfiada numa sala com mais 4 miúdos, tínhamos 60 minutos para desvendar todos os enigmas que nos levariam a abrir a porta para o final do jogo.
Foi duro! Ninguém com experiência, e ficámos para aí os primeiros 10 minutos completamente à nora, só a explorar a sala onde nos encontrávamos, a tentar perceber o que fazer em primeiro lugar.
Lá teve a senhora (monitora) de nos desembaraçar do primeiro quebra-cabeças, pois, ao dizer-nos para não usar a força em nada, ninguém percebeu que tinha de desenroscar a primeira pista (era preciso fazer força).
Foram tantas as peripécias, tanto código, tanta coisa para decifrar, duas salas secretas, chaves, telefones, malas com códigos, quadros que escondiam peças do quebra-cabeças, tanta coisa, que quase saí de lá esgotada. Mas completamente apanhada por esta vivência.
Entretanto contaram-me que existem imensas em Lisboa, e que é uma ótima forma de nos divertirmos com os amigos antes de um jantar por exemplo.
Só tive pena de precisar de imensa ajuda para ir andando no enigma, e digamos que ter mais 4 piolhos à minha volta a gritar, a mexer nas chaves erradas, a mandar "bitaites" também não ajudou. Saí frustrada porque queria ter conseguido desembaraçar-me sozinha, e não consegui. Quero mais, quero mais experiência, quero ir a mais jogos destes.
Acho que tem apenas um senão: É caro para xuxu!!!!

Já experimentaram?

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Novos tempos / Novas realidades

Estava a ver ontem o Trump a falar nas notícias e de repente dei-me conta que há uns tempos atrás, aquando da campanha eleitoral, tinha pensado: "Bolas! Nunca mais acaba este período de campanha para ver se paro de ver o Trump na TV. Que cansaço!"
E agora, incrivelmente, tenho de o ver todos os dias!
Contra todas as (minhas) expectativas, aquele homem conseguiu tempo de antena diário do mundo inteiro.
Vemos um montão de americanos envergonhados com a realidade que eles próprios impuseram, já vi na Net um relógio countdown com o nº de dias que falta para Trump terminar este mandato (esperam eles que não haja outro), e o mundo fala diariamente desta obscenidade de homem que virou quase presidente do mundo..
E agora? Agora só mudando de canal...

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Mário Soares

Já se disse tudo e mais um par de botas sobre este senhor.
Confesso que sinto que não tenho conhecimento suficiente de história para opinar sobre o trabalho dele, como muitos o fazem pelas redes sociais e tudo o que é site informativo.
A história sempre foi e sempre será o meu calcanhar de aquiles, não gosto, não ligo, não fixo, não consigo ligar acontecimentos.

Mas lembro-me bem de, em 1986, ter uns 10 ou 11 anos (idade atual do meu filho), e ter uma vontade enorme que Soares ganhasse as eleições presidenciais contra Freitas do Amaral. Gostava da música de campanha, gostava de ver passar na rua os carros de campanha, e davam autocolantes que cheguei a ter ao peito com: "Soares é Fixe".

E acredito que fosse bem fixe, embora nunca o tenha conhecido pessoalmente!
Lembro-me de há uns anos atrás, ter dado um documentário na RTP em que era Soares que contava umas histórias sobre o seu passado e certos acontecimentos que vivenciou (não me lembro minimamente do nome do programa e respetivos moldes), mas eu gostava de ver aquilo e lembro-me que, na altura, cheguei a pensar: Este homem deve ser um avô espetacular. Com a quantidade de histórias que consegue contar sobras as suas aventuras, consegue deliciar quem com ele convive.

Como a minha convivência com avós foi sempre muito na diagonal, porque estavam longe, porque os via muito pouco e porque foram morrendo sem que verdadeiramente os pudesse conhecer realmente, sempre tive uma certa inveja destes avôzinhos bonacheirões cheios de histórias e de ternura.

Este também mostrava ser um bocado bruto de vez em quando, com uma educação duvidosa por vezes, mas ao mesmo tempo engraçado. Aquela candidatura às eleições em 2006 foi uma verdadeira anedota, mas lembro-me bem de ver as imagens da sua assinatura aquando da nossa entrada na União Europeia (então CEE). E disso, meus caros, digam o que disserem, tenha eu os poucos conhecimentos de história que tenha, foi um momento único e jamais alguém pode dizer que tenha sido uma má decisão, mesmo com todos os problemas que agora possamos ter. Portugal, naquela altura, não teria outra opção.

Também falam muitos das colónias e do disparate que possa ter feito a seu bom proveito. Não sei, não consigo opinar.
Opino apenas por um passado mais presente, quando foi apoiar Sócrates na prisão. Que horror! que falha enorme! Sobre esse consigo opinar, sim, e é uma das maiores farsas que Portugal já viu na sua história.
Mas como este post é sobre Soares, não tenho dúvidas nenhumas que foi um homem muito importante para Portugal, e que deve ser recordado nos livros de história.
Teve uma vida longa, cheia de aventuras, e uma mulher admirável.

Paz à sua alma!
E foi muito duro ver Isabel Soares (essa sim, eu conheço de raspão e já tive algumas breves conversas com ela), que é uma mulher dura, fria, pragmática, líder, forte, completamente desfeita nas cerimónias fúnebres.

Mas a vida é assim, e continua para os que cá ficam!


Soares foi fixe!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Tem calma, mamã!!!

Não adoro propriamente andar de avião. Tenho medo ou respeito ou receio ou cagufa, ou sei lá o que é. Mas de há uns anos para cá que não é propriamente a coisa que mais gosto de fazer. Lembro-me das primeiras viagens que fiz, já uma jovem adulta, e não havia medo que se aproximasse. Era uma aventura, uma paixão, uma emoção!
Mas agora é diferente, a consciência é outra, tenho filhos que precisam de mim e a minha cabeça também não é a mesma (infelizmente).
Desde que comecei com problemas de ansiedade que não tenho coragem de fazer uma viagem de longo curso. E, mesmo sendo na Europa, tomo sempre metade de um calmante antes de embarcar (just in case). Mas as viagens têm corrido bem, não apanho muita turbulência, boas aterragens, também tenho viajado praticamente sempre pela TAP, que me dá muita confiança, aqueles pilotos são mesmo bons e ponto final.
Mas isto tudo para dizer que há sempre um momento pouco depois da descolagem que me atormenta por demais. Há ali umas frações de segundo, em que o bicho dos ares enquanto está a subir, tende a perder um pouco de altitude. E apesar de acontecer sempre, tenho a constante sensação de que o avião não está a ter força suficiente para subir e pode cair. Faço sempre um ar de pânico e agarro-me sempre com todas as minhas forças aos braços da cadeira. Nesta última viagem, não foi exceção. Mas o que achei piada foi à reação da minha filha que, ao ver a minha atitude de desespero, me olhou com a maior das calmas e me disse:
- Calma, Mamã!!!
Do alto dos seus 8 aninhos acalmou este mente cheia de toxicidade, que não é capaz de pensar positivo em primeiro lugar.
À vinda para cá, a mesma coisa. Mas desta vez foi o meu filho que se apercebeu primeiro da situação e logo proferiu:
- Calma Mãe!

Conclusão: É muito bom já ter filhos com uma idade em que já começam a dar apoio. Ainda que seja um apoio de uma ingenuidade pura, fiquei logo melhor depois daquelas frases proferidas por vozes pequeninas :)

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Amesterdão

Já há muito tempo que queria visitar esta cidade. Já tinha ouvido inúmeros comentários positivos, que era uma cidade giríssima, que gostavam de lá viver, e as bicicletas, os canais, etc.
Não me desiludiu. As expectativas estavam elevadas, mas vim satisfeita. A paisagem acaba por ser de certa forma repetitiva com lindos canais e bicicletas por todo o lado, mas aquela dinâmica de se ir facilmente a pé ou de bicicleta para todo o lado, deixou-me cheia de inveja. Não é uma cidade gigantesca como Paris ou Londres, o que acaba por a tornar extremamente acolhedora. Estava fresquinho, mas quando chegávamos a casa o aquecimento central era maravilhoso e passávamos muito bem!
Gostámos todos muito, era uma cidade onde facilmente me adaptaria a viver, mesmo com frio, porque o andar de bicicleta para todo o lado iria aquecer-me o coração e deixou-me verdadeiramente apaixonada. Achei uma cidade um pouco descaracterizada ao nível de gastronomia, porque só se via fast food por todo o lado e, sem serem queijos e uma tarte de maçã, não provei nada típico. 
Mas adorei e aconselho a todos a visita.
Ficam algumas fotos:


Mercado de flores. Cada bolbo à venda, que nem vos passa os tamanhos.


Museu Van Gogh. Não sou muito de museus mas gostei muito deste. Não é muito denso, vê-se bem e as crianças nem chatearam.


A famosa tarte de maçã que falei há pouco. De fazer chorar todas as pupilas gustativas. Ma-Ra-Vi-Lho-Sa! O chá era de hortelã, e não podemos dizer que lhe faltasse erva!


Biclas, biclas e mais biclas!


A paisagem típica! Linda!!!