segunda-feira, 23 de julho de 2018

Parece que estamos em Cabo Verde

Só que não!!!
Estamos em Portugal, e isto não é bonito, nem bom :(
Há uns anos fui a Cabo Verde, à ilha do Sal. Tinha vontade de experimentar, diziam que a praia era boa e tal, e lá fomos.
Não é que não tenha gostado, mas fiquei assim de sorriso amarelo com aquelas férias. Era uma ventania pegada todo o santo dia. Se, de manhã, ainda se aguentava, à tarde era um verdadeiro vendaval. As palmeiras em volta da piscina, quase tombavam, a areia da praia levantava, não se conseguia estar bem, descansada, a aproveitar a praia. Disseram-me lá, na altura, que só em Julho e Agosto o vento abrandava. Pensei: “Que horror!!! Eu que odeio vento jamais conseguiria aqui morar. Só 2 meses de calmaria..,”
Mas agora, que continuo a morar em Lisboa, sinto-me em Cabo Verde. Já nem falo das temperaturas baixas para a altura do ano, mas falo nesta ventania horrível que nos acompanha todos os dias.
Ontem, domingo, fugi do litoral para ver se corria melhor. E correu. Não sei se em Lisboa o vento também amainou, mas eu fui para uma praia fluvial no Alamal para estar mais no interior do país e aproveitar o tempo mais seco e quente. E foi muito bom. Praticamente não tivemos nem uma aragem, e passámos um belo dia de praia (o meu primeiro dia de praia, finalmente).
Hoje o dia também esteve agradável. Mas amanhã regressa tudo. Vento e até ameaça de chuva. Por favor!!! E eu que sou daquelas que passa o ano à espera do verão.

Agora até ir de férias (para fora de Portugal), fico já com energia deste dia de ontem para ver se me lembro que estou no verão. Ai vida






terça-feira, 10 de julho de 2018

Com a respiração suspensa - pela Tailândia

Há muitos dias que a Tailândia não saía do meu pensamento. Aqueles miúdos presos na gruta há tanto tempo, aquela tranquilidade aparente face a um fim inevitavelmente próximo, e o facto dos miúdos estarem na faixa etária do meu filho, deixaram-me quase sem respirar.
Todos os dias andava à procura de mais notícias, cheguei a acordar de noite a pensar naquilo.
Isso, a juntar ao facto do salvamento ser em parte debaixo de água, em locais completamente claustrofóbicos, com garrafa de mergulho... estava a ser, na minha cabeça, um filme de terror.
Fala-vos uma pessoa com um trauma permanente depois de ter feito uma ressonância magnética, e que num batismo de mergulho, veio por aí acima de repente, por pânico absoluto. Já para não falar dos problemas de ansiedade que ainda vou resolvendo. E esta situação tinha tudo o que a mim me deixa à beira de um ataque.
Confesso que, no domingo, quando disseram que iam iniciar os resgates, temi o pior. Cheguei a dizer que havia fortes probabilidades de isto se tornar numa enorme tragédia. Estava em suspenso. Passei a ficar paranóica de notícias, acordava a fazer contas à diferença horária, mudava de canal de rádio no carro à procura de novidades. 
E hoje estou muito feliz. Porque correu tudo lindamente, porque conseguiram salvar todos, porque houve muita coragem de todos, de quem salvou e de quem foi salvo.
Não posso, no entanto, deixar de referir que houve uma morte no meio disto tudo. Alguém que se predispos a ajudar, e que não conseguiu aliar o planeamento com as ações necessárias. Uma grande tristeza.
Também não posso deixar mais uma vez de referir a importância da meditação, e que eu tanto apregoo, para ajudar numa situação tão delicada como esta. Eu sou um claro resultado positivo dessas técnicas. Desde que as descobri, nunca mais as larguei, ainda que não pratique com a regularidade e intensidade que devia. Mas funciona, e começamos todos a acordar para esse facto.
Esta história vai servir de exemplo de estudo para muita coisa. E ainda bem que será um exemplo feliz.
Uma grande salva de palmas a todos os que estiveram envolvidos nesta operação. Merecem uma vénia internacional. Clap, clap, clap!!!!

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Cinema Paraíso

Quando chega o verão (que este ano parece estar a chegar apenas agora), chegam também as noites de cinema ao ar livre em vários pontos da cidade.
Este sábado, fui ver o filme “Cinema Paraíso” ao cine conchas. Disseram-me que seria giro para o tipo de filmes que aprecio (realmente nunca tinha visto), e lá fui com os miúdos, sem ter sido preciso convencê-los em demasia.
Pois deixem-me dizer-vos que AMEI!!!
Um filme tão simples, tão bonito, com uma história singela e delicada que aborda um vida mundana de outros tempos. Cada vez tenho menos paciência para ver filmes de grande elaboração, efeitos especiais, histórias de correria que obrigam o meu cérebro a pensar e reagir demasiado rápido. Não, não quero! Quero momentos tranquilos de lazer e contemplação. E o que eu chorei baba e ranho enquanto via o filme? Jesus!!! O meu filho só dizia: “Ó mãe, por favor!!!”
Mas eu sou assim. Gosto de uma boa história lamechas, o que hei-de fazer?
Se ainda não viram, aproveitem uma boa horinha de cinema bom.
Vão ver que não se vão arrepender.





quarta-feira, 4 de julho de 2018

Zmar

Já tinha ouvido falar (ou lido) várias vezes sobre este resort no Alentejo. Até já tinha pensado em ir acampar com os miúdos (só para experimentar) por lá pois há séculos que andamos a falar em ter uma experiência do género. Mas afinal fomos só para um bungalow no Zmar. Tínhamos combinado, em conjunto com os Pais da turma da minha filha, fazer-lhes uma surpresa de final de ano e final de primária. Alguém sugeriu o Zmar, por já conhecer, e foi realmente uma escolha indicada. O sítio é ótimo para grupos de amigos, tem imenso espaço, e o facto de serem bungalows separados dá-nos sossego, não temos de ouvir os vizinhos a abrir e fechar portas como nos hotéis, crianças a chorar nos quartos e outros barulhos que não vale a pena aqui detalhar....
Tem uma piscina exterior excelente, gigante, uma piscina interior que faz ondas de horas a hora. Foi o delírio dos miúdos. A comida também é muito boa, o pequeno almoço daqueles bem fartos como eu gosto. O jantar buffet muito bom também.
A animação noturna foi muito engraçada e posso dizer que foi um fim de semana muito agradável.
Só tem um pequeno senão: É que todos os acessos internos são em terra, e tanto os nossos pezinhos como os carros ficam imensamente porquinhos. 
Mas tirando isso... recomendo! Não é uma pechincha mas para ir descansar uns dias, há por ali muitas atividades para miúdos e graúdos.
Ficam algumas fotos: