Nunca usei a Uber, mas na 6ª feira passada, por ter receio de não conseguir achar táxi para voltar para casa do Rock in Rio, resolvi instalar a App no meu telemóvel. Comecei a instalação, mas logo me pediram um nº de cartão para débito, e eu, desconfiada, resolvi abortar a instalação.
Quando ía no táxi à ida para o evento, apanhei um taxista muito simpático e, por acaso, falámos na Uber e contei-lhe do meu receio em não conseguir um táxi para casa, e daí ter tentado a instalação.
Ele não era nenhum taxista raivoso contra esta nova tendência (ou pelo menos disfarçou muito bem), mas foi-me contando que eles não podem andar na faixa do BUS (nem me tinha lembrado desta), e que em dias comuns podem ter um preço idêntico ou mais barato que os táxis, mas em dias muito concorridos podem ter tarifas muito mais caras. E depois ainda há o risco de haver um qualquer mal entendido e a pessoa já não estar presente quando chega a Uber que chamou, e o dinheirinho sai na mesma da conta, dado que pediu o serviço.
Não percebo qual é a febre das pessoas em agora insistirem em usar Uber e parecerem diabolizar os taxistas que, em abono da verdade, andam ali a fazer pela vida, mas esta conversa deixou-me a pensar.
Porque realmente desde que apareceu a Uber em Portugal, parece que se criou um qualquer movimento contra os taxistas e eu não percebo porquê. E depois de ter esta conversa, fiquei ainda mais intrigada.
É certo que para se formar uma opinião é preciso ouvir ambas as partes, coisa que eu ainda não fiz, porque nem conheço ninguém que faça uso corrente deste novo tipo de serviço, mas lá que me deixou ainda com menos vontade de usar, há isso deixou!