segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Inevitabilidades

A mudança de hora para o horário de inverno é, para mim, talvez das piores alturas do ano. Sabe-me muito bem dormir mais uma hora (sim, porque desde que os miúdos me deixam dormir, esta hora é aproveitada mesmo na caminha), mas o que traz de seguida é um rol de chatices que preferia evitar.
Primeiro, é aquele acordar já com Sol alto que me faz sentir a bater de frente contra uma qualquer artificialidade matinal. Depois, aquele anoitecer perto das 17:30h que me dá uma depressão daquelas.
E por fim aquela inevitabilidade de que a época de verão morreu, e de que agora temos pelo menos 6 meses pela frente de frio, chuva, roupa, casacos, Natal a aproximar-se (blhéc..).
Acho que já aqui disse anteriormente que, se fosse eu a mandar, não havia mudança de hora. Não gosto de artificialidades, não gosto de mudanças bruscas, não gosto do termo "ter de me habituar".
Sei que pareço uma bota de elástico com estas palavras, onde é que já se viu uma pessoa não querer mudança, mas eu assumo. Não gosto de mudar, não gosto que me troquem as voltas se tenho de seguir uma determinada rotina para ter a vida mais ou menos controlada.
Mas pronto, é a vidinha. Chegámos aos dias pequenos, e o melhor que há a fazer é aproveitar o que temos, e não passar os dias à espera de maiores e melhores alternativas.
Buáááá´!!!!

domingo, 23 de outubro de 2016

Super Mães

No outro dia estava na aula de ténis com o meu filho e, enquanto os miúdos jogam, as mães (e os pais) que ali estão à espera que a aula acabe, põem-se na conversa uns com as outros.
E nisto, fiquei a saber que uma das senhoras que ali estava, vem do alentejo 2x por semana para o filho poder jogar ténis numa escola que o leve a torneios e o faça evoluir naquela modalidade.
Fiquei de boca à banda! a sério. Disse que onde mora, o ténis que existe é mais de brincadeira e de aprendizagem básica, e que se os miúdos querem evoluir têm de ir para uma cidade maior.
Então a senhora (e o respetivo filho) faz uma viagem de ida e outra de volta (2 horas cada viagem) para o filho ter aulas de ténis de uma forma mais intensiva. Ainda me saiu uma frase do estilo: "Quase mais valia mudarem-se para Lisboa", ao que ela respondeu que não, que também tem um trabalho que lhe permite ter essa flexibilidade, e que na altura em que decidiram vir, foi uma decisão difícil, que passou algumas noites mal dormidas à conta da decisão, mas que depois pensou: "Se não nos sacrificarmos pelos filhos, sacrificamos-nos por quem?"
Eu e outra mãe que lá estava olhámos uma para a outra e concordámos que, se fosse connosco, teríamos de dizer ao nosso filho que pensasse noutra coisa para fazer. Mas isto deixou-me a pensar. Há mesmo super-mães por aí! E, neste caso, eu não serei certamente uma delas!
Que grande exemplo!

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

As minhas corridas

Comecei a correr há cerca de um ano, mas a coisa não tem sido fácil. Primeiro, porque só consigo correr uma vez por semana, o que não me dá para grandes evoluções. Segundo, porque as minhas ansiedades com a saúde não me deixam esticar muito a corda, e não consigo puxar por mim até ficar com os bofes de fora, para não estar sempre a achar que me vai dar uma coisinha má. E terceiro, porque também não tenho companhia, o que torna o ato sempre mais limitado, pois a partilha deste tipo de experiências e o convívio ajuda muito a evoluir neste contexto.
Por isso, apesar de já andar em treinos há 1 ano, a coisa tem-se dado muito lentamente. Mas nestas férias de verão, consegui aproveitar para ir correr até à praia, para correr na passadeira do ginásio de hotel mais do que 1 vez por semana, o que foi logo suficiente para ganhar mais resistência. Neste momento, já consigo correr entre 20 a 30 minutos seguidos (é certo que corro bem devagarinho), mas a resistência que consegui alcançar ao dia de hoje já me deixa muito feliz e esperançosa. Ainda não me consegui meter em nenhuma corrida (são quase todas de 10km), mas acho que por este caminho, ainda que muito  devagarinho, vou lá chegar. Ainda falta muito, mas já faltou mais, e é nisso que agora me foco.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Mensagem da semana


Tanta desilusão, são umas atrás das outras. As pessoas são tão estranhas, tão perversas, tão maquiavélicas, tão falsas, têm tantas caras....

Acho que estou a precisar de arranjar um cão!

sábado, 8 de outubro de 2016

O verdadeiro artista: Herman José


Adoro-o, admiro-o desde miúda, e até já foi alvo de um post meu, há uns tempos atrás. Ontem fui ver um dos seus muitos espetáculos, que tem dado por aí cidade fora. Foi o máximo!! Chorei a rir, já me doíam os abdominais de não conseguir parar de rir. Este homem é verdadeiramente genial, um artista único. E, apesar de já serem muitos anos, apesar de já haverem piadas repetidas e números esperados, consegue sempre surpreender-me pela positiva. Este homem é um exemplo para a sociedade e para outros artistas que, por falta de trabalho, entram num ciclo decadente vicioso difícil de quebrar. O Herman vai à luta, volta à estrada, dá espetáculos pelas juntas de freguesia, oferece-se para programas de TV onde não seria natural a sua presença, enfim, faz tudo o que está ao seu alcance para continuar no ativo e conseguir pagar as contas. Trabalha com dignidade, sem espaço a vergonhas, dentro das regras estabelecidas numa sociedade muitas vezes injusta e cruel para os artistas, e nunca o vimos a chorar pela vida ou pelo destino. 
És grande Herman! E tens aqui uma fã para a vida!






quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Praia de outono

Adoro ir à praia quando supostamente já não é tempo dela, mas a temperatura ajuda e há pouca gente já em "mood" verão.
Vai daí, aparece-nos uma praia magnífica, deserta, cheia de cheiros, sons e prazeres da natureza. Tão bom!!!


domingo, 2 de outubro de 2016

Marcas de Infância

Decididamente, os lugares por onde passas na tua infância, as pessoas com quem convives, a família que mais te rodeia, os sabores que provas, os pequenos detalhes das casas por onde passas, as imagens que te ficam na mente, aquilo que te faz rir, aquilo que te traz segurança, jamais sai da tua memória. E hoje tive a prova disso. Passaram talvez perto de 30 anos sobre algumas caras que vi pela última vez, por sabores que nunca mais experimentei, por convívios que jamais voltei a presenciar. Mas por mais anos ou décadas que passem, há marcas que te ficam para sempre, mesmo que não faças o mínimo esforço para que isso aconteça. Chamam-se a isso as nossas raízes, a nossa essência. E por vezes, na correria do dia a dia, não me apercebo da verdadeira importância das vivências que dou aos meus filhos, das pessoas que os rodeiam, das influências que vão ter, das memórias que poderão partilhar.
A infância é, sem dúvida alguma, a base de toda a nossa complexa construção enquanto ser humano. Por isso, haja saúde, muita alegria, paz e felicidade para todas as crianças deste mundo. Será a única forma de termos um mundo de adultos mentalmente sãos.