quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Um murro no estômago

Estamos nós todos contentinhos a acabar as férias, ai tão bom, gosto tanto de praia, é tão bom não ter preocupações, e tal e tal e toca o telefone.
No meu último dia de férias, enquanto acabava de almoçar numa esplanada na praia, recebo um telefonema do trabalho. Do outro lado, com uma voz suave e delicada, tinha uma colega a dizer-me que um dos nossos colegas tinha falecido no dia anterior, num brutal acidente de automóvel.
Um choque! Ainda perguntei estupidamente se estava a gozar comigo. Não queria acreditar!!!! Como era possível? Ainda por cima ultimamente era uma pessoa com quem lidava mais frequentemente à conta do projeto com o qual trabalho.
Uma pessoa fica incrédula. Começa a colocar tudo em causa, pensa no sentido da vida.
Bolas!!! Ele não merecia!! Era novo, uma excelente pessoa, um ótimo profissional, muito respeitado por todos. E que morte foi! Deu direito a notícia na comunicação social e tudo, pela brutalidade associada.
E assim, de repente, vês os teus colegas a chorarem no corredor, a evitarem passar pela antiga sala dele, a questionarem os valores da vida e o que nos move diariamente, a serem até melhores uns para os outros. Um dia estás, no minuto a seguir podes já não estar.
Um murro no estômago, um abre-olhos, um peso enorme na nossa consciência.
Vive o presente! Como o próprio nome indica, é uma dádiva e deve ser aproveitada como tal. O passado já foi, o futuro ninguém conhece.
Fiquem bem!

domingo, 19 de agosto de 2018

De férias na Sardenha!

Sim, estou de férias na Sardenha. Sim, este ano não fui para o Algarve como os 9 563 231 portugueses. Mas desta vez, queria ter a certeza de que tinha verão. Estou doida com o vento que se faz sentir em Portugal, e já percebi que começa a ser um padrão, ultimamente acontece em todos os verões e nem o Algarve escapa. Não há quase noites para andar sem casaco, a água é fria, a praia nem sempre é o mais agradável. 
De maneiras que, este ano, resolvi embarcar numa aventura até à Sardenha. Os pormenores ficam para um post posterior, agora queria apenas referir umas coisitas que me vão assolando a mente enquanto ando por aqui.
Está muito calor, e a água do mar é, simplesmente, fenomenal. Entro no mar como se estivesse a entrar na minha banheira. A água está a uma temperatura verdadeiramente deliciosa. As praias são parecidas com Menorca, pequenas e de um lindo azul turquesa. Algumas completamente a abarrotar, mas estamos em agosto, não há milagres.
Agora o que me deixa mesmo, mesmo com a pulga atrás da orelha é o figurino destes italuanos. Nunca vi tanta mulher elegante por metro quadrado. E quando digo elegantes, quase me refiro a mulheres que podiam perfeitamente entrar em anúncios de bacardi, bikinis, old spice e por aí fora. Nunca vi tanto rabo sem uma pinga de celulite (que inveja), tanta barriga sequinha sem uma ponta de gordura e flacidez, e depois ainda têm uma altura acima da média, o que me deixa mesmo roidinha até ao tutano. E eles? A mesma coisa. Andam todos muito tatuado e de tanga para que se veja bem o material, talvez. Secos, secos, para condizer com o par feminino.
Há que ressalvar que a grande maioria que tenho visto são seguramente mais novos do que a minha faixa etária, sem filhos, mas ainda assim.... como conseguem? Com tanta pasta, piza, gelati, qual é o segredo? Eles comem outras coisas? É das carradas de pomodoro? É do quê, senhores? Alguém sabe? Já das outras vezes que tinha estado em Itália tinha reparado. Mas agora que ando nas praias e vejo os corpos despidos, surge uma admiração ainda maior. 
Raios partam estas italianas! Anda uma pessoa a correr, nadar, fazer yoga, comer frutos secos, etc, etc, e mesmo assim tem sempre o rabo numa desgraça e a barriga flácida, e depois vem a Itália, à terra da comida pecaminosa e é isto.
Há por aí alguém com ideias? 
Agradecida!




domingo, 12 de agosto de 2018

10 anos e a incrível tendência de começar a desligar

A minha filha fez 10 anos. São já 10 anos daquela que, por ser a mais nova, eu tenho tido sempre a difícil capacidade de aceitar como não sendo um bebé. Mas de há uns bons meses para cá, tenho-me sentido diferente no que à relação dos filhos diz respeito. O cansaço, o sentimento de prisão por todo o controlo necessário, todos os afazeres por ter filhos e que não teria se os tivesse, fizeram-me começar a relativizar certas coisas. E se há 2 ou 3 anos atrás, por cada aniversário deles, caía sobre mim um manto terrível de saudosismo, a coisa agora mudou um pouco. Sim, são 10 anos, olha que bom. Estão a crescer, a depender cada vez menos de mim, a tornarem-se cada vez mais independentes. 
Quando, há uns anos, me pediam para dormir fora de casa, em casa de outros amigos, eu gelava. O pensar em acordar e ver uma cama vazia, o ter de passar mais de um dia sem os ver.... era um pesadelo para mim. Agora? Queres dormir fora? Há um acampamento no ATL e queres ficar? Tudo bem.... sempre são menos umas horas em que os tenho a implicar um com o outro. 
Estou cansada! E mudei! Não tenho mais a capacidade de um controlo gigante que sempre lhes fiz. Eles precisam crescer, aprender, e não podem estar à espera que a mãe vá sempre à frente limpar-lhes o caminho.
10 anos!!! Boa filha! Cada vez mais crescida e cada vez mais companheira para me ajudar a viver esta vida que é, cada vez, mais difícil.

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Objetivos

É sempre bom ter objetivos. E já por várias vezes referi aqui a minha vontade em conseguir correr 10km. Mas como corro com pouca frequência, e o meu corpo também não evoluiu assim como eu queria, este tem sido um objetivo duro de alcançar.
Mas este ano já tomei uma decisão: vou correr a São Silvestre no final do ano. Serão, se Deus quiser, os meus primeiros 10km numa corrida.
De maneiras que estabeleci algumas metas até lá, de forma a que a coisa não seja demasiado sofrida. Como já há algum tempo que tinha conseguido correr 7km seguidos, defini um plano até Dezembro. Sendo assim, teria de atingir os 8km no pico do verão, no final de Setembro conseguir correr 9km, e depois correr 10km poucos dias antes da corrida, para o meu psicológico ir preparado para o sucesso.
Normalmente não é para mim fácil conseguir estes feitos no que ao exercício físico diz respeito. Mas ontem, dotada de muita energia à conta de um bom almoço, e decidida a conseguir uma boa performance antes da vaga de calor, lá me fiz ao caminho.
E consegui!!!!! Consegui o objetivo de correr os 8km sem ter sido um suplício. Demorei 1h certinha, nem mais um segundo, mas para mim, não é um resultado desastroso. Já consigo correr 1h sem parar, e agora é só continuar. Estou contente! E confiante de que vou conseguir :)