segunda-feira, 22 de abril de 2019

Atentado no Sri Lanka

Estas coisas deixam-me de rastos.
Há quem diga: "Ah, pois, eles querem é um mundo com medo, mas não conseguem!"
Pois enganam-se. A mim conseguem. Se eu já sou uma pessoa medricas por natureza, com este tipo de situações fico em pânico. É ver-me cortar (ainda que mentalmente) a lista de países nos quais ocorrem atentados, como um local pouco seguro e, por isso, fora da lista de visitas ou de uma possível bucket list.
Morreu um português que estava em lua-de-mel. Também eu passei parte da minha lua-de-mel no Sri Lanka e adorei! Vinha de um paraíso chamado Maldivas, e fiquei mais uns dias no Sri Lanka por ser muito perto e uma oportunidade única para conhecer. Agora imaginar-me a ficar viúva na lua-de-mel. É inimaginável a dor daquela viúva, que viu desvanecer, sem dó nem piedade, um mundo de sonhos que teria certamente pela frente.
Agora li que um dinamarquês perdeu 3 dos seus 4 filhos nos atentados. Que vida será a daqueles pais, daquele irmão daqui para a frente que, de repente, se tornou único e de um vazio imenso na sua vida? Não consigo imagnar. É demasiado horroroso, grotesco, duro.
Que mundo é este, e para que mundo caminhamos nós e a nossa descendência?