Ao longo da minha vida profissional, já disse por diversas vezes, sem rodeios nem dúvidas, de que preferia trabalhar com homens do que com mulheres.
Porque as mulheres são (no geral) mais complicadas, menos pragmáticas, mais cheias de segundos sentidos e intenções e isso comigo não funciona bem. Porque não dou a mínima importância a pormenores (e às vezes devia), porque sou muito pragmática (às vezes demais) e sou, sinceramente, honesta e transparente. E por isso, existe normalmente maior identificação da minha parte para com o sexo masculino, no que às questões laborais diz respeito (com algumas exceções claro). Nos últimos anos, no entanto, mudei um pouco de opinião. Porque as mulheres com quem tive oportunidade de trabalhar eram muito parecidas comigo e nunca houve qualquer tipo de problema dos que descrevi atrás.
Até que deixei de trabalhar com essas mulheres e apareceram-me outras. E pronto! Voltou tudo ao mesmo de antigamente, as memórias saltaram-me dos neurónios já meio adormecidos e digo, ao dia de hoje, o mesmo que dizia há alguns anos atrás. E pus-me a pensar no motivo que me tinha levado tanto tempo a ser feliz no seio feminino e a não ter qualquer tipo de complicação. Pois é! A resposta veio depressa! É que as mulheres com quem tinha trabalhado, e com quem gostei muito de trabalhar, foram mulheres escolhidas por mim. Fui eu que entrei no seu processo de seleção e escolhi as que, à primeira vista - porque as primeiras impressões também enganam, me pareceram realmente ter algum tipo de afinidade laboral comigo. Por isso, está claro que um cunho pessoal na escolha dos nossos colegas faz toda a diferença. E a conclusão é que até tenho algum jeito para as escolher.
E agora tenho de me amanhar com as outras.
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