Situações embaraçosas...ou engraçadas, não sei bem

No outro dia chamámos um técnico lá a casa para nos tratar de um estore que já estava estragado há uns bons tempos. Para além de quase 1 hora atrasado, em vez de um técnico, apareceram dois. Um deles quase não falava, o outro mal se percebia o que dizia devido ao sotaque de Europa de Leste. É a mão de obra que temos porque os Portugueses só querem ser Doutores ou Engenheiros. Mas adiante... Estore para a frente, estore para trás, tira, põe, arranja, e eu sozinha com os miúdos em casa e com 2 desconhecidos de difícil compreensão linguística. Fui para a cozinha tratar do jantar, os miúdos ficaram na sala a ver TV e eles no quarto sozinhos a tratar do meu problema. De vez em quando ía lá ver os trabalhos e, com o meu olhar de durona, perguntava como estavam as coisas e se o conseguiam arranjar...o estore!
nunca mostrei um sorriso, para ver se não me enganavam, e lá me fui mostrando muito segura com aquela situação. Calhou num dia em que trazia um vestido azul escuro que por acaso me cai muito bem, pelo que estava bastante elegante (acho eu). O que é certo, é que cada vez que ía controlar o trabalho junto deles, um dos técnicos(o que não falava) me olhava de alto a baixo enquanto eu tentava manter uma conversa séria e perceptível com o outro. Às tantas, quase no fim, chega-se o "mudo" ao pé de mim na cozinha, e pede-me um saco do lixo. Eu entrei na despensa, à procura, e tive de me por de rabo para o ar e de costas à procura de um saco. Quando o encontrei, virei-me para ele de repente (que estar de costas para um desconhecido na minha própria casa, não me estava a soar uma situação muito confortável) e apanho-o mesmo a olhar-me para o rabo!
Lá se foram embora, deixaram o estore arranjado, e não me cobraram nada.
Simpáticos, atrevidos e uma situação em que podemos perfeitamente estar a expor-nos a uns psicopatas e nem sabemos.

Riscos...