sexta-feira, 14 de junho de 2013

Juro-vos

Que a parte que eu mais gosto de uma viagem de avião, é quando este aterra em segurança no aeroporto de Lisboa. Acho o avião um feito incrível, mas de há uns tempos para cá, morro de medo do bicho. De maneiras que, lá em cima, a qualquer pequeno solavanco, à mínima tremidela, ou a cada vez que ele vira um pouco para mudar de direção, fico com o coração aos pulos e o estômago vai e vem da boca. É um sufoco. As descolagens são um drama, a minha respiração suspende-se naquele momento, a minha vida a depender completamente da máquina e da perícia dos pilotos. Ontem, por ter ficado sentada atrás da asa, passava a vida a olhar para a parte de trás do motor, para ver se não saía nenhuma faísca ou fumo daquela peça fulcral para um voo seguro. Já adorei andar de avião. Mas agora tenho medo. Medo deste mal necessário num mundo cada vez mais globalizado, e da dependência que Portugal tem de negócios exteriores. Temos de nos habituar e confiar, não há outro remédio. E valha-nos Deus...

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