Estamos a chegar a Novembro e, inevitavelmente, abre a época da pedinchice. Tudo e todos nos aparecem à frente para pedir alguma coisa. Eu olho para eles, e lembro-me: "Ah, pois, já percebi....estamos a chegar à época do consumo, e do apelo à bondade e à solidariedade social!!!!"
Ontem apareceram-me à porta uns jovens adultos a pedir para aderir a um cartão de descontos que reverte para instituições de caridade. Muito simpáticos, mas assim que lhes disse que não ía decidir comprar nada à porta, ainda por cima cheia de pressa para sair, mudaram logo a cara da versão simpatia para a versão de desânimo.
Hoje já foram mais dois. O pedinte do costume à porta do supermercado, mais uma senhora altamente inconveniente a colocar-se no caminho à minha frente para pedir apoio para crianças doentes.
Eu sei que estamos numa altura difícil. Eu sei que tudo e todos precisam de ajuda. Mas eu confesso que não suporto tanto pedido. São tantos (e este ano ainda agora começaram), que eu já passo apressada, não os consigo ouvir e crio-lhes aversão.
Devia ser o Estado a ajudar e a comparticipar. Mas o Estado não tem dinheiro porque tem sido mal gerido e roubado o tempo todo. Por isso, peço imensa desculpa, mas eu também vou poupar tudo o que possa para mim e para os meus filhos que isto anda tudo muito complicado e não se sabe o dia de amanhã. O dinheiro e o apoio, vão por favor pedi-lo a quem nos tem roubado a vida inteira.
Eu vou decidir a quem ajudar. Posso dar uma ajuda aqui e ali, mas não abusem. Que o meu limite para aceitar ajudar a tudo o que me aparece à frente anda mesmo a acabar.
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