quarta-feira, 23 de outubro de 2013

As coisas andam mal

Por mais que falemos com este, com aquele, com outro ou aqueloutro, com fulano, cicrano ou beltrano, o mal estar de quem (ainda) trabalha por conta de outrém para as organizações portuguesas, é mau demais.
Ou veem/sentem claramente a falta de trabalho, ou as ameaças, os salários reduzidos (mesmo no privado), as depressões de quem ainda lá está, o salve-se quem puder, o não ver a luz ao fundo do túnel para uma viragem no negócio. Temo que as pessoas andem a mostrar o pior de si, nesta selva democrática e social na qual nos inserimos. Quais cães raivosos e sequiosos da sobrevivência, chegamos à triste conclusão de que não vale a pena sair de um lugar para nos irmos enfiar noutro (ainda) pior.
Não sei onde anda a suposta (e mínima) retoma. Mas os portugueses estão a entrar numa espiral de difícil saída. Aquela que nos transforma como pessoas - para pior! - e da qual a saída é para um lugar que me causa ME-DO. Haverá sobreviventes disto? Haverá ainda em Portugal empresas com uma sanidade mental mediana, e que consigam não condicionar quem nelas trabalha? Bolas, que assustador!

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