domingo, 13 de outubro de 2013

Touro Ibérico

É o nome de um restaurante ao qual me desloquei ontem, à conta de um aniversário. Sei que há vários restaurantes destes em alguns sítios, eu fui ao de Algés. Nem sei bem por onde começar para descrever o que ali se passou. Pela comida, deveria ser um restaurante de referência, pela excelência da carne que oferece aos clientes. Agora quanto ao resto....
Os empregados são pior que maus, sem qualquer formação para atendimento em restaurantes. A quantidade de pratos, copos, taças e jarras partidas era mais que muita, coisa que me mete mesmo muita confusão. Acho que nunca tinha estado num restaurante em que colocavam louça partida a uso. Colocaram-nos um queijo para entrada em cima da mesa e, quando levantámos a tampinha do queijo para supostamente tirar o recheio, já estava todo praticamente comido. Quando chamámos a empregada e lhe dissemos para trazer outro que aquele já tinha sido comido, disse que já não havia mais e com ar de quem nos dizia:
- É melhor comerem o resto desse que eu já não tenho mais em stock...uma vergonha!
Chamei uma empregada porque tinha um copo sujo e, quando lho entreguei, em vez de pedir desculpa e tratar logo de trazer outro, ficou a olhar para ele para ver se descobria a sujidade e se eu tinha ou não razão.
A Caipirinha que trouxeram estava muito mal feita. Pedimos uma sangria, e era uma desgraça. Perguntaram se o vinho do menu era de garrafa ou jarro. Responderam garrafa. Conclusão? Trouxeram o vinho dentro de garrafas daquelas antigas onde se punha o leite, com aquelas tampas que é preciso carregar num ferrinho para fechar... (não perceberam portanto que perguntámos se o vinho era ou não engarrafado). Para quem provou o vinho, disse ser mau de mais para ser verdade. A chouriça que puseram na mesa para entrada era maravilhosa. Mas cortaram umas rodelas que mal cobriam os pratinhos e algumas das rodelas eu teria vergonha de as colocar na mesa por se verem o Sol através delas.
Quando veio a carne do prato principal, era MA-RA-VI-LHO-SA. Ao nível de carne dos Açores ou do Brasil, mas ainda melhor. A única coisa que salvou o jantar, ainda que os empregados não tivessem conseguido explicar que carne era. Trouxeram um molho de alho para acompanhamento numa tacinha minúscula, e pela metade, pelo que a dar para todos, só deu para experimentar numa ou 2 garfadas (mais uma vergonha).  As sobremesas....também não deixam saudades. Serviram-me uma suposta mousse de maracujá num copo de champanha...sim, leram bem. A uma amiga minha serviram um doce de brigadeiro que não tinha uma pitada de chocolate (ou não sabem o que é um brigadeiro ou enganaram-se e não quiseram admitir). Durante o jantar houve espetáculo de flamenco e sevilhanas...agradável...mas demasiado barulhento para o meu gosto.
Por isso, meus caros leitores, se quiserem experimentar uma carne do melhor, podem lá ir. Mas preparem-se psicologicamente para a desgraça do atendimento, já para não falar das entradas e bebidas muito duvidosas que lhes poderão ser apresentadas. É melhor ficarem pela aguinha ou imperial.
Pagámos a módica quantia de 23€ por pessoa num menu programado para grupos.
Eu não posso recomendar este restaurante a ninguém. Porque só de me lembrar do queijo na mesa já comido, dá-me vómitos.
Sinto que quase posso dizer que o conceito da boa carne à mesa e companhia da dança é um bom conceito para um restaurante, mas que os maus empregados e a falta de educação e formação dos mesmos darão cabo, completamente, do negócio a curto/médio prazo.
Por isso, boa sorte!

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