Existe uma tónica dominante na conversa de professores e educadores que me incomoda de forma acentuada. É que não há vez nenhuma que converse com os professores dos meus filhos em que não venha o comentário de que eles passam muitas horas na escola e que são dos que saem mais tarde, etc, etc.
Eu não sei o que fazem os outros Paizinhos, nem que vida boa têm para terem ou empregadas ou avós para lhes irem buscar os filhinhos. Mas eu não tenho. E por isso, quem vai buscar os meus filhos à escola é o Pai e a Mãe! E por isso saem quando os Pais podem sair dos empregos, que é um bem cada vez mais escasso nos nossos dias.
Não gosto destes comentários. Ainda que não sejam por maldade, e sejam, só no meio da conversa. Mas não há vez nenhuma que não mos façam. E eu comecei a não achar piadinha nenhuma, bale?
4 comentários:
No colégio dos meus (ainda) não fazem esse comentário. Mas bem vejo que os meus filhos são dos primeiros a chegar e dos últimos a sair.
Quando tinha o horário reduzido quando estava a amamentar o mais novo, via muitos pais, avós ou empregadas a irem buscar os meninos. Enquanto que as empregadas e os avós percebo, já os papás...
BJs.
Ontem fui a uma reunião na escola dos meus filhos ás 17h nem há lugar para estacionar quase todos os pais estão lá para os ir buscar os filhos e a maioria deles esta lá hás 9h horas para os deixar... tem bons carros e andam bem vestidos, o que fazem? pois não faço ideia...
E o que eu gosva de saber.... :)
Eu, por exemplo, trabalho por conta própria, o que me permite ter alguma flexibilidade a nível de horários. Isto não significa que tenha a "tal vida boa", pois, por vezes, também tenho de trabalhar aos fins de semana e feriados se o trabalho assim o exigir. Por outro lado, mesmo quando vou buscar os meus filhos mais cedo, não significa que não continue a trabalhar até às 18h ou 19h, enquanto os meus filhos fazem os trabalhos de casa e estudam. Portanto, as aparências iludem.
Quanto ao comentário que ouve repetidamente, também acho que só serve para criar complexos de culpa nos pais, o que não é nada justo. Compreendo-a perfeitamente.
Um beijinho
Paula
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