domingo, 7 de setembro de 2014

Intolerância tabágica

Sempre detestei levar com fumo de tabaco. Talvez isto seja um lugar comum para quem não fuma, mas sempre me tirou do sério ter de levar com as consequências dos vícios dos outros. Estas férias, percebi que me tornei completamente intolerante ao fumo. Tolerância 0 mesmo. Na praia, na piscina, em lugares completamente abertos como esplanadas ou espaços na rua, não suporto mesmo qualquer resquício de fumo. Desabituei-me completamente e, quando estou um pouco constipada, não consigo nem sentí-lo ao longe, que me deixa completamente desaustinada. Ontem, passei em zapping pelo Sócrates que balbuciava umas tretas na RTP, e lembrei-me que foi ele que me acabou com um dos meus tormentos. Olho para ele e vejo um aldrabão, um criminoso, quase um monstro. Mas tenho de reconhecer que foi quem me permitiu passar a ir a um café e não vir de lá a cheirar a tabaco por todo o lado. Que me permitiu trabalhar num escritório sem me tornar numa fumadora altamente passiva, Que me permitiu viver de forma mais saudável. Não sei se a decisão partiu de si, ou foi pressão de outros congéneres europeus, mas foi com ele que um dos meus tormentos acabou.
E, apesar de nem o poder ver à frente, devo-lhe esta. Eu e todos os portugueses que sofrem e pensam como eu acerca deste assunto.

Nenhum comentário: