sábado, 18 de fevereiro de 2012

Mulheres em casa, Já!!!

O novo cardeal Português, D. Manuel Monteiro de Castro, afirmou que o facto de as mulheres trabalharem a tempo inteiro, não é útil ao País.
Embora esta declaração possa parecer uma afronta à grande maioria das mulheres, não posso deixar de concordar em parte com ele.
E repare-se que faço parte do tipo de mulheres que seria incapaz de ficar sem trabalhar. Trabalho diariamente no escritório mais de 8h por dia, e só saio porque tenho hora marcada para tirar os miúdos do colégio. E quando chego a casa continuo a despachar trabalho, dependendo da urgência das questões em causa. Quando tive o meu 1º filho resolvi ficar os 5 meses em casa. Os últimos tempos já me custaram tanto, que do 2º filho só fiquei 4 meses. Para além da necessidade de me sentir útil numa empresa, tenho necessidade de lidar com pessoas, de ter desafios, de me colocar à prova. Acho que ter algum stress faz parte de mim.
E por isso, não me imaginaria nunca a ter uma profissão 100% doméstica, como teve por exemplo a minha mãe. Que estava em casa para tudo o que precisava, que me acompanhou a vida inteira, não tendo eu, no entanto, achado isso assim tão positivo. Há outras questões que surgem pelo facto das mães estarem (quase) só dedicadas a 100% à vida familiar, como a desadequação à evolução da sociedade, a negação da própria evolução dos filhos e a falta de vida fora do círculo familiar.
Mas por outro lado, tenho de concordar que a rotina dos nossos dias, não trará certamente o melhor para os nossos filhos. Que estão fora de casa a maior parte do dia, que só veem os Pais cansados ao final do dia, sem paciência, sem tempo para os apreciar e os ver crescer com calma.
Não sei se haveria aqui meio termo, porque o trabalho parcial é um pouco utópico na maioria das áreas de atividade, mas lá que dá para pensar, dá! E o que o Senhor Cardeal diz, não é, para mim, descabido de todo.....

2 comentários:

flor disse...

Assino por baixo :)

Anônimo disse...

Concordo completamente. Não estamos a criar bem esta geração. Compensa-se materialmente a ausencia. Não se acompanha e delega-se nos outros, em suma: não se está a cumprir a obrigação enquanto país. Porque só se está a por em evidência o dinheiro. É necessário? É!!! Mas também era no tempo dos nossos pais e não foi por isso que fomos criados como robots. E iremos pagar no futuro por isso, não tenho a menor dúvida.