Todos nós já reparámos nas ditas famílias "bem" ou "tiocas" como lhes chamamos às vezes, e que damos por elas por vezes apenas pela maneira como se vestem a elas próprias e às suas crianças. Gosto de algumas roupas e eu própria também gosto de ver os meus meninos assim mais tradicionais de quando em vez. Mas em como tudo na vida, há que usar o bom senso e adequar as vestimentas à altura devida. Falo disto agora, porque há um menino que priva com o meu filho semanalmente, e ao qual nunca vi outra roupa vestida que não uns calçõezinhos de fazenda e meias até ao joelho. E aquilo, juro, já me mete uma impressão medonha. Primeiro porque penso que a ocasião não o justifica. Segundo porque ontem, que estavam 10º de manhã, lá vinha a criatura de calção e metade da perna à mostra.
Seriously! Se há coisa que percebi já há muito tempo, é que as crianças não devem sentir-se diferentes das outras para não afetar a sua auto-estima. Como se sentirá aquele menino que priva no meio dos outros todos de calças de ganga, forros polares e ténis ou botas confortáveis? Porque anda ele de calções no inverno, perna à mostra no meio do frio agreste e camisinha com pullover em bico, e sapatos de vela a saltarem no meio de poças de água? Porque faz aquela mãe aquilo ao miúdo? Há assim uma importância tão grande em mandar o miúdo naquela indumentária para o meio dos outros? Enquanto ela ostenta um sorriso e um orgulho inabaláveis no filho, que implicações terão estes atos na formação da criança? A sério! Não havia necessidade! Eu própria já vesti assim o meu filho uma vez, que a ocasião justificava, eu gostava de ver, e estávamos dentro de portas. Agora no dia-a-dia, em que os miúdos correm, caem e esfolam-se. Em que as roupas e o calçado confortáveis são um "must" para o à vontade e desenvolvimento da criança, aquilo parece-me um fardo demasiado pesado e desapropriado.
Pobre criança.
Um comentário:
Concordo plenamente, também me mete espécie ver crianças nessas figuras com 5º na rua. C.
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