quarta-feira, 13 de maio de 2015

Os meus 3 anos de acordo ortográfico

O acordo ortográfico entrou na minha vida há 3 anos atrás, com a entrada do mesmo no ensino escolar. O meu filho entrara então no seu 1º ano de escolaridade e eu, resolvida que estava em ajudá-lo e a não fazer figuras tristes, aderi também de imediato.
Comecei a escrever segundo o acordo, mas sem o estudar devidamente, pelo que comecei a fazer as minhas alterações na escrita de acordo com o que eu fui aprendendo sobre o "acordo".
Hoje, 3 anos depois, continuo sem o saber. Sei as palavras mais óbvias como "ótimo" sem o "p", ou "projeto" sem o "c", mas continuo cheia de dúvidas, mesmo vendo os meus filhos a escrever e os livros que vão surgindo. Há palavras cuja alteração é tão significativa que nem lembra ao menino Jesus (com o devido respeito), como minissaia por exemplo. Tenho consciência, portanto, que há 3 anos que misturo acordo velho com acordo novo, e das duas uma:
- Ou agora me ponho a estudar e a ter cuidado à séria,
- Ou nunca mais vou conseguir escrever corretamente, o que me entristece profundamente, dado que sempre fui uma rígida defensora da escrita sem erros ortográficos. Sempre me causaram consternação e alguns arrepios, e tentei muitas vezes corrigir quem podia.
Mas agora..... estou um bocadinho perdida. E acho que nas próximas décadas, sem ser em órgãos de comunicação social (e ainda assim vamos ver...), nunca mais vamos ver um português corretamente escrito. Porque se a língua portuguesa já era difícil, agora então, é a confusão total.

Um comentário:

maria disse...

Estou na mesma!
Eu, que sempre procurei escrever bem o português, neste momento enfrento um dilema. Continuar a escrever como sempre fiz, ou ado(p)tar o acordo e escrever com erros ortográficos, porque não domino totalmente as novas regras?