sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Paga o justo pelo pecador?

Passei na 2ª circular ao final da tarde e chovia. Não chovia a potes mas chovia o suficiente para molhar bem. Estava (e ainda está) um frio de rachar. 8 ou 9 graus que fui apanhando no caminho. Nisto, à beira da estrada, estava um carro parado na berma, e um senhor, cá fora à chuva (sem chapéu de chuva) e a fazer gestos para o pessoal que passava. Os gestos indicavam que queria telefonar. Vi os carros da frente a passar por ele, e nada. Eu, ao passar por ele, ainda abrandei o carro e pensei em encostar para o ajudar. Mas nisto penso: Estou sozinha (indefesa) com os meus 2 filhos pequenos no carro. Está a chover, e eu vou parar aqui, atrapalhar o trânsito, e se nenhuma das pessoas da frente parou, porque vou eu parar? E se o homem está a fingir, e quer mas é fazer mal a alguém? E com estes pensamentos segui em frente e já não fui capaz de parar. Mas senti-me tão mal depois. O homem só devia precisar de um telemóvel para chamar alguém ou a assistência para lhe levar o carro dali. Mas com a quantidade de histórias que há, já ninguém tem coragem de ajudar ninguém com medo do embuste. E eu, adulta sozinha no carro, não fui capaz de acudir. Se o senhor era sério, peço as mais sinceras desculpas. Mas nos tempos que correm, todo o cuidado é pouco!

Nenhum comentário: