Tem tudo a ver

E depois de Menorca, caio de páraquedas na praia da foz do arelho. Esta zona tem o condão de ter sempre um tempo que, para mim, é horrível. Saímos de Lisboa com 34 graus e chegámos aqui com 20. Uma ventania desgraçada (como aliás é seu apanágio) e uma aragem fria que me levou a ir de casaco para a praia. A água estava friazinha coitadinha, a areia da praia sujinha e cheia de conchas partidas para nos magoar os pés. E depois há a fauna que abunda nesta praia...peço aos leitores mais sensíveis que não leiam a próxima parte deste post, que vou dar asas à minha costela mais snob dos ares Lisboetas... é que na fauna desta praia encontra-se de tudo. Gente do campo sem dentes à frente, que falam alto e aos berros uns com os outros, levam tapetes de casa para terem um chão na praia, comem que se fartam durante o tempo em que lá estão, e ouvem o relato do jogo do benfica a alto e bom som. Confesso que não ouvia um rádio na praia há vários séculos. Mas hoje revivi o inferno, ainda por cima com futebol que é um tema para mim abominável, como já tive oportunidade de aqui o referir várias vezes. Saí da praia a tremer de frio, mas depois fui compensada com umas comprinhas na festa da terra. Comprei um colar giro, giro por 5€, e uma echarpe para me proteger deste frio, igualmente pelo mesmo preço. E ainda dei umas valentes dentadas numa fartura. E pronto. Vem uma gaja de um lugar fino como Menorca, e aterra no profundo povo nacional. Agora vou jantar e depois espera-me bailarico noite fora. E barulho suficiente para não me deixar dormir. A ver vamos...