terça-feira, 27 de maio de 2014

Em busca das folhas de amoreira perdidas

Para 4 bichos da seda, deram-me 3 folhas na 6ª feira. Mas elas, coitadinhas, começaram a secar, a secar, a secar... para além de encolherem de tamanho pelas mordidelas dos bichos, que já quase não restava nada. Até já andava a achar os bichos meio murchos, coitados. Falei com uma das educadoras a perguntar se não teriam por lá folhas de amoreira a mais, que eu não sabia onde as arranjar, e estava começar a deixar os bichos em maus lençóis. Disse-me logo:
- No largo da luz há muitas amoreiras. São é altas.... e ainda rematou com um: Há uns anos também andei a fazer dessas figuras...Mas vou ali ver se há algumas no frigorífico... mas acho que não.
Já estava a ver a minha vida a andar para trás quando a vejo chegar com um saquinho e diz:
- Estavam ali umas para um menino, mas dividimos. E deu-me 3 ricas folhinhas de amoreira.
Assim que chegámos a casa, demos 1 aos bichos e guardámos as outras no frigorífico.
Bem.... haviam de ver. Os bichos, que nem olhos parecem ter, desataram a virar as cabeças para o lado da folha, e aquilo é que foi vê-los a grande velocidade (limitada aos seus corpinhos arrastados) em direção à nova folha. Agora estão ali, deliciados, e até há um bicho a monopolizar completamente o nervo da folha em todo o seu comprimento. Deve estar a beber da sua água.
Estavam mesmo desesperados. Quanto tempo dura mesmo um ciclo de vida destes bichos? Quando é que enclausuram e viram borboleta?

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