sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Marcelo e Cristina

Sim, já sei que este assunto foi espremido até ao tutano e que não há ninguém que não tenha uma opinião a tecer.
Já há algum tempo que queria ter aqui vindo deixar a minha marca neste assunto, e tenho andado a adiar, mas ainda assim não posso deixar de vir dizer o que me vai na alma sobre este (in)feliz acontecimento.
O nosso Exmo Presidente da República, como já aqui tinha referido anteriormente é, para mim, um grande orgulho. Já aqui postei que acho que os meus filhos têm uma grande sorte por terem em Portugal, no tempo deles, alguém que é um líder a seguir, que é um exemplo para a sua educação, como cidadãos do futuro e portugueses esperançosos num mundo e país melhores.
Quando ouvi, na rádio, algo alusivo a este assunto, sobre um tal telefonema, pensei que estivessem a brincar. Acho que estava a ouvir que tinha mesmo acontecido, mas o meu cérebro não queria ouvir nem acreditar e ignorei.
Quando cheguei a casa, e vi as notícias e as piadas com mais atenção, recebi o duro golpe da realidade.
Marcelo Rebelo de Sousa tinha - mesmo - telefonado à apresentadora Cristina, em direto, no seu primeiro dia de trabalho numa nova estação de televisão.
Foi mau! Muito mau! Dá a entender que se perdeu completamente a noção do que é importante e prioritário neste país. Marcelo tem muita energia, gosta de estar presente nos bons e maus momentos, isso todos nós já sabemos, mas este não era, definitivamente, um deles.
Não sei como é que tudo isto se originou, não sei se houve conselheiros a favor ou contra, o que é certo é que o filtro não passou e a coisa correu muito mal.
Não ouvi o telefonema. Nem quero! Tenho medo da possível - ainda maior - desilusão.
Marcelo ganhou, pela primeira vez, uma nota negativa na minha caderneta de cidadã portuguesa e estou com muita dificuldade em esquecer (ou aligeirar, vá) este episódio.
Não sei se ele se arrependeu depois das críticas. Não sei se teve tempo de refletir melhor depois... o que sei é que está feito, e foi, quanto a mim, muito grave.
Há limites, e Marcelo ultrapassou, para mim pela primeira vez, os seus.

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